Connect with us

MUNDO

Universidades dos EUA têm protestos pró-Palestina; autoridades reagem

Publicado

em

Um impasse na Universidade de Columbia sobre remover um acampamento de estudantes que protestam contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza provocou uma série de manifestações parecidas em outros campi nos Estados Unidos, mas as autoridades agiram para impedi-los de se fortalecer.

Nos últimos confrontos em universidades, policiais responderam imediatamente na manhã desta quinta-feira depois que estudantes da Universidade de Princeton, em Nova Jersey, começaram a montar um acampamento, mostraram imagens publicadas nas redes sociais.

“Vocês estão todos violando a política da universidade. Essas barracas precisam ser desmontadas agora”, afirmava um policial em vídeo postado no X, enquanto manifestantes gritam “Liberter, libertem a Palestina”.

A pronta resposta da polícia em Princeton ocorreu algumas horas depois que a polícia de Boston removeu à força um acampamento pró-Palestina montado por estudantes do Emerson College na manhã desta quinta-feira. Mais de 100 pessoas foram presas, segundo a imprensa local e a polícia.

As barracas, que foram erguidas em uma passarela próxima à faculdade, no centro de Boston, acabaram removidas pouco depois da 1h da madrugada, disse a polícia. Vídeos postados na internet mostraram policiais com capacetes enfrentando pessoas com os braços entrelaçados.

Na Universidade de Northwestern, os estudantes começaram a erguer barracas no campus ao norte de Chicago, enquanto pediam que a instituição protegesse os oradores pró-Palestina e encerrasse suas relações com instituições israelenses, disseram os organizadores.

“Recusamo-nos a permitir que os negócios continuem como se nada ocorresse, diante da cumplicidade da Northwestern”, afirmaram os Educadores pela Justiça na Palestina, a União de Libertação Estudantil e a Voz Judaica pela Paz, em comunicado conjunto.

Barracas também foram erguidas na manhã desta quinta-feira na Universidade George Washington, na capital dos Estados Unidos.

As autoridades da Universidade de Columbia deram aos manifestantes até às 4h de sexta-feira para chegarem a um acordo com a universidade sobre o desmantelamento de dezenas de barracas montadas no campus da cidade, em Nova York. O protesto começou há uma semana. O prazo inicial, que acabava à meia-noite de terça-feira, passou sem acordo.

A instituição já tentou encerrar o protesto pela força. Em 18 de abril, a presidente da Universidade de Columbia, Minouche Shafik, tomou a atitude incomum de convidar a polícia da cidade de Nova York para entrar no campus, atraindo a ira de muitos estudantes e professores.

Mais de 100 pessoas foram presas, e as barracas foram retiradas do gramado principal. Contudo, o acampamento voltou após poucos dias. Os manifestantes prometeram manter o protesto até que a universidade concorde em divulgar e interromper quaisquer participações financeiras que possam apoiar a guerra em Gaza, e conceder anistia aos estudantes suspensos da escola durante as manifestações.

Grupo Pró-Palestina

Um grupo pró-Palestina protocolou uma queixa de violação dos direitos civis contra a Universidade de Columbia, após a prisão em massa, na semana passada, de manifestantes contrários à guerra e depois de a instituição ter chamado a polícia para desmontar acampamentos ligados aos protestos, disse a entidade nesta quinta-feira.

A Palestine Legal, organização que procura proteger o direito, nos Estados Unidos, de defender a causa palestina, pediu que o Departamento de Educação abra uma investigação contra as ações da universidade, que segundo o grupo foram discriminatórias contra aqueles que apoiam os palestinos.

A universidade não estava imediatamente disponível para comentar.

Na semana passada, a instituição tentou desmontar as manifestações no campus usando a força. A presidente da univesidade, Minouche Shafik, chegou a tomar a incomum medida de pedir a entrada da polícia no local, causando a ira de muitos grupos de defesa dos direitos humanos, de estudantes e do corpo docente.

Mais de cem pessoas foram presas, em incidente que lembrou os protestos no local contra a Guerra do Vietnã, há 50 anos.

Desde então, as manifestações se espalharam para outros campi dos EUA, com centenas de prisões realizadas na semana passada.

(Reportagem de Brendan O’Brien, em Chicago; Rich McKay, em Atlanta, e Kanishka Singh, em Washington)

* É proibida reprodução deste conteúdo

Fonte: EBC Internacional

Continue Lendo

MUNDO

Instituto em SP abre mostra com fotografias do tcheco Josef Koudelka

Publicado

em

Por

“Importante nas fotografias não é quem é russo e quem é tcheco. Importante é que uma pessoa tem uma arma e a outra não. E aquela que não a tem é, na verdade, a mais forte, embora não pareça de imediato”. Em agosto de 1968, o fotógrafo tcheco Josef Koudelka (1938), um dos maiores nomes dessa arte, começou a documentar o que se passava nas ruas de Praga, na então Tchecoslováquia. Ele nunca tinha trabalhado com fotojornalismo, mas começou a registrar a invasão da Tchecoslováquia por exércitos do Pacto de Varsóvia, que era liderado pelo Partido Comunista da então União Soviética, junto com países como a Alemanha Oriental, Polônia, Hungria e Bulgária.

Ao longo de sete dias dramáticos, Koudelka criou um dos mais importantes trabalhos fotojornalísticos do século 20, com imagens que mostram a opressão militar e a luta por liberdade. E são essas imagens que estarão expostas gratuitamente a partir de hoje (18) no Instituto Moreira Salles (IMS), na capital paulista.

Chamada de Koudelka: Ciganos, Praga 1968, Exílios, a mostra apresenta três séries fotográficas de Koudelka. A curadoria é do próprio artista, com organização de Samuel Titan Jr. e Miguel Del Castillo. Para a série Praga 1968 estão sendo apresentadas 11 fotografias que apresentam a invasão da capital da então Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, evento que interrompeu abruptamente o período celebrado como Primavera de Praga.

Koudelka esteve na manhã deste sábado em São Paulo para falar com o público presente ao auditório do IMS, absolutamente lotado. Em conversa com a jornalista Dorrit Harazim, ele disse que se tornou conhecido como fotógrafo justamente após essas imagens feitas em Praga. “Eu nunca fui um repórter. Nunca vivi como sendo uma pessoa tão importante. Eu simplesmente reagia ao que estava acontecendo”, disse ele. “Minhas fotos têm uma tradição documental. Eu não estava atuando ali como jornalista, estava simplesmente reagindo àqueles fatos”, acrescentou.

Além dessa série, o IMS apresenta também seu reconhecido trabalho documentando ciganos. Ciganos foi a primeira série que o fotógrafo dedicou a um único tema. Ele trabalhava como engenheiro aeronáutico e também registrava ensaios e espetáculos teatrais, quando se interessou pelo tema. Essas fotografias em exibição no IMS foram feitas entre os anos de 1962 e 1970, a maioria delas em acampamentos ciganos no leste da Eslováquia.

Para essa série foram selecionadas 111 fotografias. “Não sei exatamente o que me fez começar a fotografar ciganos, mas sei com certeza que, uma vez que comecei, não consegui parar – ainda que algumas vezes o tenha desejado”, disse o fotógrafo, certa vez, em entrevista ao escritor tcheco Karel Hvížd’ala. Essa mesma frase ele voltou a repetir hoje em São Paulo, acrescentando que começou a fotografar os ciganos porque se identificava com a música folclórica que eles faziam. “Fotografar ciganos não é tão fácil assim, mas um dos motivos de nunca parar de fazer isso – mesmo que eu quisesse – é porque sempre alguém tocava alguma coisa. E quando isso acontecia, eu sabia que tinha que começar de novo”, disse.

Exílios apresenta 74 obras que começaram a ser produzidas em 1970, quando deixou a Tchecoslováquia. Aqui ele registra viagens por diversos países europeus documentando celebrações religiosas, festas populares tradicionais, a vida cotidiana, paisagens, sombras e naturezas-mortas.

A exposição fica em cartaz até o dia 15 de setembro. Mais informações sobre a mostra, que tem entrada gratuita, podem ser obtidas no site do museu.

Fonte: EBC Internacional

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora