O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) extinguiu, na madrugada deste domingo (10.11), um incêndio em uma edificação no bairro São Matheus, em Sorriso (a 398,2 km de Cuiabá). Apesar da agilidade no atendimento, três pessoas morreram.
A equipe da 10ª Companhia Independente de Bombeiro Militar (10ª CIBM) foi acionada pela Polícia Militar, às 03h46, para uma ocorrência de incêndio. Informações iniciais indicavam que o imóvel estava tomado por grandes chamas e havia a possibilidade de vítimas no interior da edificação.
Imediatamente, as viaturas de combate a incêndio e a unidade de resgate seguiram para o local e, em menos de 4 minutos, os bombeiros militares já estavam em operação. Uma linha de combate foi montada para o ataque direto às chamas, que estavam muito intensas. Os bombeiros militares tiveram que arrombar as portas frontais para acessar o interior da edificação.
Testemunhas confirmaram ter ouvido gritos vindos de dentro da edificação. Com base nesse relato, a equipe iniciou as buscas pelas pessoas, enquanto prosseguia no combate ao fogo que continuava a se alastrar rapidamente.
Após controlar os principais focos de incêndio, os bombeiros militares avançaram até o banheiro, cuja porta estava obstruída e precisou ser arrombada para permitir o acesso. No interior do banheiro, que estava completamente tomado por fumaça e sem ventilação, foram encontradas três pessoas adultas caídas no chão.
Na avaliação inicial das vítimas, os bombeiros militares constataram que as três pessoas não apresentavam sinais vitais e exibiam queimaduras graves no corpo e no rosto. A Polícia Civil e a Politec foram acionadas e assumiram a ocorrência após a completa extinção das chamas e o rescaldo realizado pelos bombeiros militares.
As causas do incêndio e das mortes só poderão ser esclarecidas por meio de uma investigação detalhada.
O Ambulatório de Atenção à Transexualidade do Centro de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), gerido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou 313 atendimentos desde a inauguração da unidade especializada, em agosto deste ano.
Ao todo, foram realizadas 92 consultas para clínico geral, 88 atendimentos pela enfermagem, 62 consultas com psicólogos, 58 atendimentos com serviço social, 11 consultas com endocrinologista e duas com urologista.
Todas as pessoas atendidas foram acolhidas no ambulatório e passaram pelo atendimento de enfermagem, clínica médica, psicologia e serviço social. O acesso ao serviço se dá por meio do Sistema de Regulação.
A estudante de psicologia, Janelucia, de 68 anos, é uma mulher trans e recebeu atendimento com clínico geral, psiquiatra e psicológico, além de realizar diversos exames na unidade. Ela avalia que o atendimento dos profissionais da unidade foi essencial para que ela tivesse confiança em dar continuidade ao tratamento.
“As pessoas na área da saúde, em sua maioria, ainda não estão habilitadas para nos tratar no nosso gênero, e isso não acontece aqui. Eu gostei que todos no ambulatório tratam a gente da forma correta. Agora a gente tem tranquilidade para consultar, principalmente na área psiquiátrica e psicológica. Eu gostei bastante”, afirma.
Os pacientes que realizaram os exames solicitados pelo ambulatório do Cermac, e que foram considerados clinicamente aptos para a terapia com hormônio, já estão sendo atendidos pelos médicos endocrinologistas e urologistas, quando há critérios médicos que indiquem a necessidade de avaliação desse especialista.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, reforça a importância do serviço para uma assistência integral à saúde das pessoas transexuais em Mato Grosso.
“Esse ambulatório é fruto do comprometimento e da dedicação do Governo do Estado com a saúde da população de Mato Grosso, e também com a comunidade trans, que até então não era atendida da forma como merece. Esse ambulatório é sinônimo de inclusão e respeito às pessoas”, declara o secretário.
Sobre o ambulatório
O Ambulatório de Atenção à Transexualidade é resultado de um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões do Governo de Mato Grosso.
A unidade atua como referência estadual no atendimento a pessoas em processo transexualizador pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece assistência multidisciplinar com profissionais de diversas áreas, como: enfermeiro, psicólogo, assistente social, além de médico clínico geral, endocrinologista e urologista.