Cuiabá será sede, a partir desta terça-feira (12.11), da 3ª Reunião Técnica do Fórum Nacional dos Gestores Estaduais do Sistema de Atendimento Socioeducativo (Fonacriad). O evento, que conta com a participação de técnicos da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), segue até quinta-feira (14.11).
O evento reúne, no Espaço da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), cerca de 100 representantes de todos os estados brasileiros para discutir pontos da política de socioeducação no atendimento aos adolescentes em conflito com a lei em cumprimento de medida de internação socioeducativo.
O tema da reunião será “Sistema Socioeducativo e Sistema de Segurança Pública: estratégias conjuntas para o enfrentamento das organizações criminosas no âmbito do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo”, e contará com palestras, discussões, exposições de relatos, produção documental e visitas técnicas.
O primeiro dia será composto por palestras relacionadas ao enfrentamento de organizações criminosas dentro do sistema, seguidas de discussões entre os participantes.
No segundo dia, o presidente do Fonacriad vai iniciar o evento com fala sobre diretrizes e leis para segurança e proteção integral dos adolescentes e jovens em restrição de liberdade, seguido pelos relatos dos Estados brasileiros e pela produção da carta do Fonacriad.
O terceiro e último dia dará continuidade aos relatos estaduais, ajustará e aprovará uma “carta do 3º Fonacriade”, que realizará uma visita técnica ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) masculino de Cuiabá, seguida pelo encerramento do evento.
Serviço
3ª Reunião Técnica do Fórum Nacional dos Gestores Estaduais do Sistema de Atendimento Socioeducativo (Fonacriad)
Período: de 12 a 14/11
Horário: credenciamento às 8h, com início dos trabalhos às 9h
O Ambulatório de Atenção à Transexualidade do Centro de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), gerido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou 313 atendimentos desde a inauguração da unidade especializada, em agosto deste ano.
Ao todo, foram realizadas 92 consultas para clínico geral, 88 atendimentos pela enfermagem, 62 consultas com psicólogos, 58 atendimentos com serviço social, 11 consultas com endocrinologista e duas com urologista.
Todas as pessoas atendidas foram acolhidas no ambulatório e passaram pelo atendimento de enfermagem, clínica médica, psicologia e serviço social. O acesso ao serviço se dá por meio do Sistema de Regulação.
A estudante de psicologia, Janelucia, de 68 anos, é uma mulher trans e recebeu atendimento com clínico geral, psiquiatra e psicológico, além de realizar diversos exames na unidade. Ela avalia que o atendimento dos profissionais da unidade foi essencial para que ela tivesse confiança em dar continuidade ao tratamento.
“As pessoas na área da saúde, em sua maioria, ainda não estão habilitadas para nos tratar no nosso gênero, e isso não acontece aqui. Eu gostei que todos no ambulatório tratam a gente da forma correta. Agora a gente tem tranquilidade para consultar, principalmente na área psiquiátrica e psicológica. Eu gostei bastante”, afirma.
Os pacientes que realizaram os exames solicitados pelo ambulatório do Cermac, e que foram considerados clinicamente aptos para a terapia com hormônio, já estão sendo atendidos pelos médicos endocrinologistas e urologistas, quando há critérios médicos que indiquem a necessidade de avaliação desse especialista.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, reforça a importância do serviço para uma assistência integral à saúde das pessoas transexuais em Mato Grosso.
“Esse ambulatório é fruto do comprometimento e da dedicação do Governo do Estado com a saúde da população de Mato Grosso, e também com a comunidade trans, que até então não era atendida da forma como merece. Esse ambulatório é sinônimo de inclusão e respeito às pessoas”, declara o secretário.
Sobre o ambulatório
O Ambulatório de Atenção à Transexualidade é resultado de um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões do Governo de Mato Grosso.
A unidade atua como referência estadual no atendimento a pessoas em processo transexualizador pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece assistência multidisciplinar com profissionais de diversas áreas, como: enfermeiro, psicólogo, assistente social, além de médico clínico geral, endocrinologista e urologista.