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POLÍTICA

Debates apontam soluções para ambiente e violência no ambiente escolar

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A 26ª Conferência da Unale (União dos Legisladores e Legislativos) ocorrida de 8 a 10 de novembro em Fortaleza (CE) reuniu um público de 1,6 mil participantes. Com o tema “ As prerrogativas dos Parlamentos Estaduais” a conferência debateu e apontou soluções para temas importantes como meio ambiente, mudanças climáticas, e energias renováveis, violência no ambiente escolar e a realidade do Poder Legisferante  das Casas Legislativas.  O deputado Júlio Campos (União Brasil) representou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso na Conferência.  

O evento se iniciou com o debate sobre as prerrogativas do parlamento estadual e a necessidade de debater as atribuições constitucionais, usando as Casas Legislativas estaduais como protagonistas, com o professor e consultor legislativo do Senado Federal, João Trindade, e o juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT, Fábio Esteves.  O professor e diretor-executivo do Interlegis, Senado Federal, Fernando Meneguin mediou o debate. 

Trindade defendeu o papel dos parlamentos estaduais na vida do cidadão, mas criticou a posição em que se encontra o Poder Legislativo em relação ao que ele chamou de excesso de competências legislativas da União que estão definidas pela Constituição Federal de 1988 (CF/88), assim como as atribuições dos municípios. “Os estados ficam espremidos entre os municípios e a União. De um lado, com a legislação federal gigante, e do outro lado, o município cujas competências ele não pode invadir”, avalia. Outro embate travado pelo Poder Legislativo é a jurisprudência do Poder Judiciário que, segundo ele, tem a tendência cultural e histórica de “ser extremamente centralizadora”.

Foto: HELDER FARIA / ALMT

Meio Ambiente – Na Mesa Redonda sobre meio ambiente, mudanças climáticas e energias renováveis, por meio de um vídeo exibido, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a importância de se reunir tantos parlamentares para debater temas tão relevantes para a sociedade e disse que esses debates fortalecem a democracia e engrandecem a atuação das Casas Legislativas. 

Participando de forma remota, o coordenador-geral do Departamento de Apoio ao Conselho Nacional de Mudança do Clima, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Thiago Longo afirmou que a crise climática afeta os países mais pobres e as populações mais vulneráveis, especialmente, o sul global e o Brasil tem uma posição extremamente frágil nesse contexto. 

O pesquisador Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), discorreu sobre o cenário de alerta que a humanidade enfrenta diante da emergência climática, um reflexo das ações humanas, como reforçou recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). 

Entre as evidências da situação, ele citou pontos como o aumento da temperatura global, aquecimento dos oceanos, encolhimento de mantos de gelo, recuo das geleiras,  elevação nível do mar, acidificação do oceano, entre outros, destacando ainda a velocidade, frequência e gravidade das mudanças. Também elencou desastres e mortes em decorrência das questões climáticas nos últimos anos no Brasil, como chuvas extremas em Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outros. 

Ele lembrou que dois milhões de brasileiros precisam ser transferidos de áreas de risco para locais seguros, o que envolve diretamente as políticas públicas e os legisladores. Para ele “o Brasil retomou com altivez o protagonismo conquistado arduamente até alguns anos atrás na busca de soluções para enfrentar a emergência climática global” e atua para implementar metas ambiciosas para redução das emissões, acelerar políticas e práticas de adaptação e aumento da resiliência em todos os setores e manter o apoio à geração de conhecimento científico. 

Na mesma linha, Osvaldo Moraes, diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), afirmou que não é aceitável a negação do que está acontecendo no planeta e detalhou diversos impactos projetados das mudanças climáticas no Brasil. Entre eles, citou, a diminuição dos recursos hídricos, da produção agrícola, extinção de espécies da fauna e flora e consequências na área da saúde, afetando populações mais vulneráveis, entre outros. 

Já o presidente da Comissão Mista sobre o Hidrogênio Verde do Senado Federal, senador Cid Gomes (PDT-CE), lembrou que não existe uma única solução para a emergência climática, e que  o Brasil tem a oportunidade de avançar no desenvolvimento de matrizes energéticas mais limpas que podem contribuir com o cenário, como é o caso do hidrogênio verde. 

Ele pediu que as ALS avaliem as possibilidades na questão das novas matrizes energéticas nas diferentes regiões a partir de suas especificidades e afirmou que “o País pode ter um lugar de vanguarda mundial na questão, até pelas condições favoráveis para geração de energia renovável a um menor custo”, disse. 

Segurança nas Escolas – No painel “Políticas de Segurança nas Escolas”, proferiam palestras o coordenador-geral de Políticas Educacionais para a Juventude da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidades e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação, Yann Evanovick Leitão Furtado, e a pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), Telma Vinha.

Furtado destacou as medidas adotadas pela pasta para combater a violência no ambiente escolar e disse que “é necessário que haja uma ação preventiva, que perpasse por uma escola que resgate uma perspectiva de pertencimento de alunos, pais, professores e da comunidade, para que a escola seja um território de paz”.

Já Telma Vinha mostrou dados sobre violência nas escolas, provenientes de pesquisas sobre ataques ocorridos no Brasil, traçando o perfil dos autores e comparando com o que ocorreu nos Estados Unidos. “Se concluiu que apenas o aumento de vigilância e policiamento não é suficiente. Recomendamos a aprovação de projetos de lei que visem a uma maior regulação e responsabilização das plataformas digitais, bem como a responsabilização daqueles que divulgam pela primeira vez vídeos dos ataques e dos depoimentos, e a promoção de uma política pública de promoção da convivência democrática e cidadã”, afirmou.

Entre os dados citados por ela, nos últimos 21 anos, foram registrados no Brasil 23 ataques em 23 escolas, cometidos por estudantes e ex-estudantes Escolas: 12 estaduais 7 municipais (1 Cívico militar) 4 particulares. Entre as vítimas fatais: 23 estudantes 5 professoras 2 profissionais da educação e 5 atiradores que praticaram suicídio.  Não constam: – os desbaratados antes de ocorrerem (muitos não saíram na mídia), nem os realizados por adultos e os não planejados, ocorridos no momento de uma briga. 

CCJS – Dentro do evento, foi formalizado e composto o Colegiado Permanente de CCJs do Brasil com o objetivo de, como sugeriu o tema da Conferência da Unale este ano, lutar pelo restabelecimento das prerrogativas dos parlamentos. Para isso, vão agir na busca de a unificação da legislação, pacificando temas semelhantes entre estados brasileiros com realidades próximas e que enfrentam os mesmos problemas e restabelecimento do Poder Legisferante das Assembleia Legislativas.  Júlio Campos (União Brasil) é o terceiro secretário do órgão que será presidido pelo deputado Ismael Crispim de Rondônia e tem como vice-presidente o deputado Thiago Amaral (PR). 

Final – Ainda na manhã de sexta-feira (10), dentro da programação oficial foi entregue o Prêmio Assembleia Cidadã com o anúncio dos vencedores da 4ª edição do Prêmio Unale Assembleia Cidadã, que visa incentivar a modernização dos processos legislativos, o atendimento humanizado e a melhoria da sociedade. 

Na categoria Gestão, a vencedora foi a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), com o projeto Implementação da Agenda Global – ODS -2023. A Assembleia do Rio Grande do Norte (ALRN) foi a vencedora na categoria Atendimento ao Cidadão, com o projeto Assembleia e Você. E o projeto Educando pelo Amazonas, da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), foi o ganhador da categoria Projetos Especiais. 

Na tarde de sexta-feira (10) finalizando a programação da 26ª Conferência Nacional da Unale, em Fortaleza (CE), foi eleita a nova diretoria. O deputado Sérgio Aguiar (CE) é o novo presidente da entidade. Ele assumiu o compromisso de defender e ampliar o poder dos legisladores e legislativos estaduais durante a sua gestão, que será realizada no período de um ano, 2024-2025. 


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Fonte: ALMT – MT

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Deputados votam 38 vetos em duas sessões ordinárias

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Em duas sessões ordinárias nesta quarta-feira (6), uma matutina e outra vespertina, os deputados estaduais de Mato Grosso limparam a pauta de vetos em tramitação na Casa de Leis. Os parlamentares mantiveram 27 e derrubaram 11 vetos governamentais a projetos aprovados em plenário. Os deputados derrubaram os vetos 110/2023, 117/2023, 82/2023, 83/2023, 98/2023, 99/2023, 75/2023, 86/2023, 90/2023, 95/2023 e 104/2023.

Entre os vetos derrubados está o Veto 117/2023, veto parcial aposto ao Projeto de Lei Complementar nº 41/2021, que acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 685, de 25 de fevereiro de 2021, que dispõe sobre o Sistema Ferroviário do Estado – SFE/MT. O veto parcial, de autoria do Executivo, provocou discussão em plenário. O projeto autoriza a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) a desapropriar áreas no trajeto da ferrovia estadual. No total, o governador Mauro Mendes (União) vetou quatro emendas que foram aprovadas em plenário.

O deputado Eduardo Botelho (União), presidente da Assembleia Legislativa, que presidia a sessão, argumentou durante a votação que todas as emendas foram vetadas pelo governo. “É prerrogativa da Assembleia, tem que passar por aqui, a Rumo Já largou Cuiabá de lado. Em Rondonópolis alteraram sem falar nada. O essencial seria derrubarmos todos”, conclamou Botelho.

A deputada Janaina Riva (MDB) recordou que foi a Assembleia Legislativa que aprovou a primeira concessão de ferrovia estadual do país. “Nós aprovamos na ALMT a primeira concessão de uma ferrovia do país. A Rumo já tem a fama de não cumprir o que combina. Essa votação tem que ser unânime pela derrubada dos vetos. A Rumo vai passar conforme a sociedade deseja, almeja; a sociedade tem que ser respeitada. Podem ter todo dinheiro do mundo, mas não vão comprar a nossa honra”, afirmou a deputada. Quem também pediu a derrubada do veto foi o deputado Fábio Tardin (PSB): “é o momento de colocarmos a Rumo no rumo certo, no prumo”, declarou.  

Outro veto derrubado foi o 75/2023, veto total aposto ao Projeto de Lei nº 722/2023, de autoria do deputado Diego Guimarães (Republicanos), que dispõe sobre a cessão onerosa do direito à denominação de espaços e eventos públicos da administração direta e indireta do estado de Mato Grosso. A derrubada do veto total 82/2023, aposto ao Projeto de Lei nº 929/2023, que institui o programa “Escrevendo a história dos municípios mato-grossenses”, de autoria do deputado Fábio Tardin (PSB), garantiu a implantação do programa no estado. Os deputados também derrubaram o veto ao projeto de autoria do deputado estadual Dr. João, que dispõe sobre o direito do consumidor de optar pelo pagamento na modalidade “aproximação” de cartão de crédito.

Depois da votação dos vetos, o deputado Eduardo Botelho (União) anunciou em plenário a realização de sessões ordinárias na quarta e na sexta-feira da próxima semana, ou seja, nos dias 13 e 15 de dezembro. “Na próxima semana temos que votar a LOA em primeira votação, pelo menos, e provavelmente vamos ter que entrar em janeiro para votar em segunda votação. Vamos fazer sessões na quarta-feira, duas sessões, e na sexta-feira, mais duas, depois retornaremos no dia 4 de janeiro com a reunião das comissões”.


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Fonte: ALMT – MT

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