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POLÍTICA

CST discute serviços prestados pela Energisa em Mato Grosso

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O alto preço cobrado e a baixa qualidade dos serviços prestados à população pela concessionária de energia elétrica de Mato Grosso, a Energisa, estão sendo debatidos pela Câmara Setorial Temática (CST) da Energia Elétrica da Assembleia Legislativa. Nesta quinta-feira (23), a CST discutiu o modelo tarifário brasileiro e os reajustes em Mato Grosso.

Instalada em abril deste ano, é a primeira reunião ordinária da CST. Durante os 180 dias de trabalho, o foco da câmara é discutir, avaliar, acompanhar e propor medidas que melhorem a concessão do serviço público de energia elétrica em todos os 142 municípios mato-grossenses.

Para falar sobre o assunto, a CST convidou o professor do departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Jonas da Costa Cruz. Uma das propostas do palestrante foi a de o Estado realizar um estudo para conhecer as possibilidades de mais empresas concessionárias de energia elétrica operarem em Mato Grosso.

Em Mato Grosso, de acordo com Jonas Cruz, o serviço de energia elétrica é feito por uma única empresa, a Energisa. “É monopólio natural, mas cabe às instituições públicas regulamentarem o setor para que o serviço seja prestado de forma eficiente e, com isso, o consumidor consiga arcar com valor justo da tarifa”, destacou.

“Hoje, Mato Groso cresceu e tem viabilidade econômica para realizar novos contratos de concessões. Isso pode trazer um serviço mais eficiente e mais próximo do consumidor. Infelizmente, temos municípios que ficam mais de 92 horas ao ano sem energia. Isso quando se fala de consumidor residencial, imagina uma empresa ou indústria. Tudo isso é avaliado na hora de investir”, explicou Jonas Cruz.

No estado, existe pouco mais de 1,6 milhão de unidades consumidoras. De acordo com Jonas Cruz, a Energisa ocupa a 17ª colocação no ranking brasileiro da tarifa mais cara entre 102 concessionárias. A tarifa em Mato Grosso está em R$ 0,84 kw/h, enquanto a média do Brasil é de R$,073 kw/h. Nesse valor não está considerado os tributos estadual e federal.

Caso os investimentos da Energisa não sejam suficientes para melhorar a qualidade da energia em Mato Grosso, Faissal disse que o serviço vai piorar para o consumidor nos próximos anos. “Aprovamos um ofício que será encaminhado à Energisa, pedindo um cronograma de investimentos para 2024, para que não caia a qualidade. Falo isso com base técnica nos números apresentados por Jonas Cruz”, disse o parlamentar.

De acordo com Jonas Cruz, a concessionária investiu, em 2023, o montante de R$ 1.109 bilhão. Esse valor é menor 0,9% se em comparação com o ano anterior, que foi de R$ 1.119 bilhão.

Em 2018, de acordo com Faissal, quando houve a revisão periódica de investimentos caíram. “Os investimentos subiram apenas em 2023, lembrando que em 2027 há um encerramento do contrato da Energisa. Com base técnica nos números apresentados pela própria concessionária, os investimentos no setor vão cair e, com isso, os serviços que não estão bons, vão piorar”, disse Faissal.

Em Mato grosso, de acordo com Faissal, os serviços estão piores que a média brasileira. “Precisamos melhorar, mas ainda estamos dentro do nível exigido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, mas estamos pior que a média. Isso porque temos uma das contas mais caras e um dos piores serviços. Para melhor é com investimentos e fiscalização”, explicou Faissal.

Questionado sobre os trabalhos que serão feitos pela CST, Faissal afirmou que vai reanalisar e fazer um estudo técnico das investigações feitas pela CPI da Energisa. A CST vai realizar reuniões regionais, nas câmaras municipais, para colher o maior número de informações relacionadas às reclamações sobre os serviços de energia elétrica aos consumidores mato-grossenses.

“Vamos encaminhar um ofício ao Procon para ver questões de reclamações de aparelhos queimados. Temos que ver que se a Energisa tem interesse em fazer novos investimentos em Mato Grosso, prevê que não há interesse porque o contrato encerra em 2027. Tudo isso precisa ser analisado. Toda a conclusão do trabalho vai ser apresentado em relatório final”, disse Faissal.

A CST aprovou o encaminhamento de ofício ao Procon/MT, solicitando o número de reclamações dos consumidores de energia elétrica nos últimos cinco anos em relação às pessoas que tiveram os aparelhos queimados por causa de quedas de energia.

Foi aprovado também um oficio que será encaminhado à concessionária Energisa. O documento solicita um cronograma de investimentos financeiros da concessionária para o ano de 2024. A CST solicitou ainda cópia da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa – realizada pela Assembleia Legislativa sobre os pontos positivos e negativos que foram levantados pela CPI.

Eles aprovaram também um memorando para a Mesa Diretora, requisitando um veículo Van para os integrantes da CST percorrerem o Estado de Mato Grosso e, com isso, conhecer in loco onde os serviços de energia elétrica são considerados os piores no ranking do Procon.

A CST foi sugerida pelo deputado Faissal Calil (Cidadania). A Câmara é composta pelos deputados Cláudio Ferreira (PL), na condição de relator, Wilson Santos (PSD) e Diego Guimarães (Republicanos). A câmara conta ainda com participação do vereador Ailton Monteiro Dias, do município de Sapezal, e pelo servidor da Assembleia Legislativa Fábio Bittencourt, este ocupa a função de secretário.


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Fonte: ALMT – MT

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POLÍTICA

Relatório de Ação Governamental de 2023 é apresentado na ALMT

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A Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) da Assembleia Legislativa realizou audiência pública para apresentação do Relatório da Ação Governamental (RAG), referente a 2023, na tarde desta quinta-feira (13). O secretário adjunto de Planejamento e Governo Digital de Mato Grosso, Sandro Brandão, conduziu a exposição dos principais pontos do documento elaborado pelo Governo do Estado, cuja íntegra tem cerca de 2500 páginas.

“Essa é uma audiência importante em que a gente fecha tudo o que a gente pensou em executar no ano de 2023. Tudo foi apresentado de forma muito transparente e a grande maioria dos resultados são altamente positivos. As médias demonstram que as ações foram entregues da forma que foram pensadas. A gente consegue perceber uma alta performance das políticas pensadas pelo governo de Mato Grosso ”, resumiu Brandão.

“A gente destaca as principais áreas, como a saúde. A população consegue perceber isso, nos atendimentos, nos remédios que são distribuídos, nos hospitais que estão sendo construídos. Também as rodovias, com mais de 800 km novos criados só em 2023, houve aumento no número de escolas integrais”, exemplifica o secretário adjunto da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag/MT).

De acordo com a apresentação, 72% das metas tiveram resultado positivo, 91% dos objetivos estratégicos foram cumpridos e a execução financeira atingiu 89% do planejado. No Eixo 1 (Qualidade de Vida), em que estão secretarias como Assistência Social, Educação e Segurança Pública o cumprimento das ações chegou a 86%. No Eixo 2 (MT Desenvolvimento Sustentável), com pastas como Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura, o índice foi de 83% e de 82% no Eixo 3 (Gestão Pública Moderna e Eficiente), em que se encontram Fazenda e Planejamento, por exemplo.

O presidente da Comissão de Fiscalização, deputado Carlos Avallone (PSDB), questionou números dos programas de Gestão de Riscos e Desastres. “A gente percebe que com as mudanças climáticas nós vamos ter de dar maior atenção a isso. E foi colocado aqui pela Defesa Civil do estado que muitos municípios não têm coordenadoria de Defesa Civil. Então, para fomentar a criação desse órgão, que é fundamental, vou falar com o presidente da AMM [Associação Mato-Grossense dos Municípios] para que ele ajude a conscientizar os municípios a ter no mínimo uma coordenação. O [Governo do] Estado também pode ajudar a estruturar essas defesas”, afirmou o parlamentar.

Avallone ainda pediu adequação dos números da Assistência Social para os próximos relatórios, uma vez que o indicador apresenta uma situação de falta de atendimento, quando na verdade as ações estão acontecendo. “A impressão para quem vai ver o relatório e não escutou as apresentações é de que não está sendo feito nada. O representante da Setasc deu as explicações de tudo que está sendo feito, como está sendo feito, então nós pedimos para que mude o indicador”, ressaltou.

“Eu quero destacar a competência dos técnicos, há uma clareza nas apresentações. Todas as perguntas que fiz foram respondidas rapidamente, e os números gerais são muito bons. O estado tem uma gestão financeira boa. Isso reflete também nos outros índices. O que falta é uma questão de ajustes, e esses ajustes nós estamos aqui como deputados e com a Assembleia para ajudar”, concluiu o presidente da CFAEO.

O Relatório da Ação Governamental (RAG) do exercício de 2023 – último ano do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023 – contém 217 indicadores, 469 ações e 671 produtos, distribuídos entre as 17 secretariais do governo, e foi construído por mais de 380 pessoas do Poder Executivo Estadual. Acesse a íntegra aqui.


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Fonte: ALMT – MT

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