Cerca de 440 mil pessoas, 1,13% da população maior de idade da Espanha, declara ter sofrido abusos sexuais em âmbito eclesiástico , e 0,6% de ter sido vítima de um padre ou religioso católico nos últimos 50 anos. A metade dos casos, quase 200 mil, seria contra menores.
A revelação consta em uma pesquisa encomendada pela comissão de investigação sobre o fenômeno no Parlamento, investigação que durou 15 meses e nasceu a partir de uma grande apuração jornalística do El País.
O relatório tem 777 páginas, mais de 100 contêm testemunhos de 487 vítimas.
Graças às entrevistas de mais de 8 mil pessoas, emergiram dados assustadores sobre as dimensões do fenômeno: cerca de 11,7% dos espanhóis afirmam ter sofrido violências antes dos 18 anos, 1,13% sofreu em âmbito religioso, escolas e institutos católicos, e 0,6% afirma ter sofrido agressões sexuais diretamente por parte de um padre.
O responsável pela pesquisa, Ángel Gabilondo, destacou que os relatos devem ser escutados, e propôs um fundo de indenização estatal para as vítimas: “Escrevemos a todos os bispos, alguns nos responderam, abriram seus arquivos, outros reclamara. A Igreja deve ter consciência de que o escândalo maior seria o de não colaborar explicitamente com uma sociedade que quer saber a verdade”.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) está processando uma mulher residente do Texas por comportamento violento. O órgão pede que ela pague cerca de 81 mil dólares (R$ 439 mil) por bater e cuspir em um comissário de bordo durante um voo da American Airlines, em 2021.
A mulher, identificada como Heather Wells, causou uma confusão num voo que saiu de Dallas com destino para Charlotte. Na ocasião, segundo o Tribunal Distrital dos EUA, a mulher deixou seu assento após ingerir bebida alcoólica e causou transtornos.
Wells teria se atirado no corredor e tentado abrir a porta do avião durante o voo. Ao ser contida pela tripulação, a mulher teria proferido xingamentos e desferido cabeçadas em um comissário de bordo.
Ao ser controlada, a mulher foi amarrada com uma fita e algemada em seu assento. No fim do voo, ela ainda teria chutado a poltrona da frente e quebrado outros objetos da aeronave.
Na última quarta-feira (12), a FAA divulgou um comunicado dizendo que está reprimindo os passageiros indisciplinados à medida que os casos de indisciplina aumentam. “Os viajantes pagarão pelo mau comportamento”, disse a agência, acrescentando que buscará a aplicação da lei.
Até o momento, segundo dados da FAA, foram registrados 915 casos de passageiros indisciplinados.