O Ministério da Fazenda elevou nesta segunda-feira (22) a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano para 1,91%. Em março, o governo havia estimado crescimento de 1,61%. As projeções também apontam para estouro da meta de inflação.
O aumento da estimativa do PIB já havia sido adiantado pelo ministro Fernando Haddad na última semana. Apesar da revisão, a estimativa da Fazenda prevê desaceleração da economia em relação a 2022, quando o PIB teve crescimento de 2,9%.
A previsão do governo é mais otimista que a do mercado. Nesta segunda-feira, o boletim Focus, do Banco Central, revelou que o mercado espera crescimento de 1,2% para o PIB neste ano.
Em conversa com jornalistas, Haddad disse que a previsão do governo é técnica e que o boletim Focus vai aumentando as projeções ao longo do ano.
“O Focus é uma pesquisa, mas tem muita gente fazendo conta. Nossa equipe é de técnicos de carreira, não tem questão política, eles fazem [a estimativa] com base em projeção técnica. Eu acho que nós estamos mais próximos dos números mais otimistas da economia. Eu penso que vamos ter uma convergência de números ao longo do ano”, disse o ministro.
Inflação
Além de elevar a expectativa do PIB, o Ministério da Fazenda também elevou de 5,31% para 5,58% a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, para este ano.
Se o ano fechar com inflação próxima à estimada pelo governo, haverá estouro da meta, que é considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,75% e 4,75%. Para reduzir a inflação, o Banco Central mantém a taxa de juros elevada, o que vem gerando conflitos entre a instituição e o governo.
A Petrobras divulgou comunicado aos acionistas na noite desta terça-feira (14) informando a saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal.
Na nota, a empresa diz que Prates solicitou que o “Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada”.
“Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se uma vez aprovado, o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras. Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”, acrescenta o comunicado.
Advogado e economista, Prates assumiu a presidência da Petrobras no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Prates foi eleito em 2014 primeiro suplente da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), para o período 2015-2022, e assumiu a vaga dela no Senado em 2019, após sua eleição para governadora do Rio Grande do Norte.
Prates foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no fim da década de 1980, e teve sua atuação profissional ligada à área de petróleo e gás, participando da elaboração da Lei do Petróleo e da redação do modelo do contrato de concessão oficial brasileiro e do decreto dos royalties. Foi também secretário de Energia do Rio Grande do Norte.